quarta-feira, 22 de maio de 2013

Formação em Desenvolvimento Infantil - Turma I - Dia 7

Bem vindos leitores!

Vieram saber o que aconteceu no ciclo de palestras desta terça? Então aqui vamos nós!!

A coordenadora do Cultivando Pequenos Leitores, Karina Marques, aprofundou para os presentes as 10 dicas que viemos escrevendo brevemente a respeito aqui no blog, dando orientações sobre o desenvolvimento linguístico das crianças de 0 a 6 anos idade por idade. Conversamos ainda sobre as formas de falar com o bebê, como o maternês e a fala direcionada a criança, a importância de contextualizar as palavras que queremos que a criança aprenda e conversar em ambientes tranquilos, e de valorizarmos as tentativas de interação da criança também quando ela não fala, onde se comunica com movimentos corporais e compreende bem mais do que fala.

Você sabia? 

  • Andador não é legal! A criança que cai usando um andador terá o peso do andador sobre ela, muito pior do que se cair tentando andar sozinha. Além disso, o andador é que faz o esforço para criança ficar de pé, não fortalecendo os membros inferiores.
  • Até os 5 anos a criança não distingue realidade e ficção. Para ela, por exemplo, o conto de fadas que ouve é real!
  • Pais devem sustentar todas as regras que impõem, mesmo as pequenas regras, para que a criança não perca a confiança neles.

Palestra com Ângela Pinheiro e Douglas Vilhena
A profa. Dra. Ângela Pinheiro e o psicólogo Douglas Vilhena falaram sobre a Dislexia. "A dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica. É caracterizada pela dificuldade com a fluencia correta na leitura e por dificuldade na habilidade de decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária" (International Dyslexia Association - IDA). A dislexia não é fruto de nenhum fator como falta de estímulo, educação de baixa qualidade, déficit sensorial, entre outros, embora tais fatores atuem enquanto complicações para o prognóstico. Tem grande incidencia na mesma família, as pesquisas mostram um alto fator de hereditariedade, sendo de origem unicamente neurológica. Como o cérebro atua na cognição, em disléxicos gera uma fraca consciencia fonológica (graças a consciência fonológica fragmentamos a língua em suas unidades: frase - palavra - sílaba...). Assim, o disléxico tem menos capacidade de segmentar a corrente sonora da fala em sílabas, consoantes e fonemas. Por isso, não consegue fazer a relação grafema-fonema, ou seja, tem dificuldade de associar som com letra. Toda criança com dislexia se for reeducada pode apresentar mecanismos de compensação para sua dificuldade. Identificação e intervenção precoce é determinante para um bom prognóstico, o disléxico reeducado irá desenvolver mecanismos de compensação para sua dificuldade.

Douglas Vilhena e Ângela Pinheiro



Curiosidades!

Tom Cruise
  • Dislexia pode ser do desenvolvimento (criança nasce com ela) ou adquirida (havia habilidade escrita típica mas a partir de injuria no cérebro adquiriu dislexia).
  • A conversão grafema-fonema é testada através da leitura de não palavras. Exemplo: lapeça, bavai, lexto, jepar...
  • O ator Tom Cruise é disléxico. Como ele gasta muito esforço cognitivo lendo, não consegue decorar os textos. Por isso, ele lê uma vez e grava o que leu, depois ouve o texto para conseguir decora-lo. Decora pela via auditiva!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário: