E continuamos no ritmo de excelentes palestras. Na
sexta-feira (17/05) tivemos “Gênero e Raça” com Sara Teixeira e também “Comportamento”
com Izabela Bandeira.
Sara Teixeira fala sobre Gênero e Raça |
A linguagem, construída na cultura, reflete o modo como
pensa a sociedade. Transmitimos nossos valores sobre sexo, gênero, classes,
entre diversas outras formas de ser e estar no mundo. Essa transmissão não é
pensada em todos os minutos. Os responsáveis ensinam as crianças a falar sem
muitas vezes perceber que estão ensinando também um modo de interpretar o mundo.
A criança começa a perceber que está inserida em categorias: ser menino (a),
ser negro (a)... Com o tempo percebem também o significado dessas
categorias. Sendo a escola e a família instituições transmissoras de
valores, contribuindo para a transmissão e manutenção desses referenciais, é
importante uma conscientização para não
transmitirem-se valores preconceituosos. Para quem se interessa em aprofundar
no assunto, alguns livros sugeridos pela palestrante foram:
- A mulher independente – Simone de Beauvoir
- Homens: sexualidade, direitos e construção da pessoa – Ana Paula Portella e Cols.
- Superando o racismo na escola – Kabengele Munanga
- Por uma cultura dos direitos humanos na escola – Keila Deslandes e Érika Lourenço
Izabela Bandeira fala sobre Comportamento |
Sobre comportamento, é importante ao avaliarmos um
comportamento procurar vê-lo em seu contexto, ao invés de simplesmente punir. O
mal comportamento e mesmo recusa de ir a escola, a mentira e a pirraça, por
exemplo, ao contrário do que diz o senso comum, não existem tais fases no
desenvolvimento infantil, são comportamentos produtos de algo que a criança
está vivendo, e deve ser investigado. Também, as crianças refletem as
influencias que recebem, precisam ser ensinadas da melhor forma. A punição
física não é necessária, apenas irá ensina-la que pode resolver as coisas batendo.
Deve-se ser cuidadoso ainda com exigências feitas às crianças que são na
verdade desejáveis aos adultos, como por exemplo que ela estude excessivamente
e se socialize pouco ou obedeça incondicionalmente. Elogio sincero e incentivo,
com ênfase no processo e não no resultado (porque as vezes o resultado não
condiz com o esforço da criança), por exemplo, valorizar a criança por estar se
esforçando e estudando para uma prova, e não pela nota tirada, é reforçador.
Izabela Bandeira deu a dica da seguinte leitura:
- Eduque com carinho: para pais e filhos – Lidia Weber
- Inscrição para 1 dia de curso (realizada no local): R$20,00. O participante receberá certificado relativo as horas e tema do dia assistido. Cronograma do Curso
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