sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Fotos do WorkShop - Cultivando Pequenos Leitores sobre como desenvolver a linguagem do seu filho desde o nascimento:
Foto dos Organizadores do Cultivando Pequenos Leitores que participaram do Fórum Mundial de Dislexia:

terça-feira, 23 de setembro de 2014




O Projeto Cultivando Pequenos Leitores  participou do II Fórum Mundial de Dislexia, apresentando um Workshop,  juntamente com renomados pesquisadores das áreas de Dislexia e Ciência da Leitura.

No II Fórum Mundial de Dislexia, o Projeto Cultivando pequenos Leitores também expôs suas atividades no stand Dislexia Brasil e apresentou um vídeo para pais e professores sobre como estimular a linguagem desde o nascimento objetivando gerar um bom leitor no futuro. A habilidade da leitura favorece o exercício da cidadania na sociedade, de modo a tornar a pessoa letrada apta a construir um senso critico, obter informações e tornar-se escritora e propositora de novas práticas sociais.

Cada vez mais, abordagem precoces no desenvolvimento da leitura são apontadas como importantes medidas preventivas. Exemplos disso, abordados pelos pesquisadores no II Fórum Mundial de Dislexia, vão desde os cuidados com a nutrição ( Ômega 3) até a estimulação adequada da linguagem verbal, através de interações de qualidade entre as crianças e cuidadores. O foco principal no Fórum foi a dislexia,  transtorno de linguagem que dificulta a aquisição da leitura e da escrita. Os estudos na área fazem progredir os conhecimentos de pesquisa tanto para leitores normais quanto para leitores dislexicos. Outros temas abordados no fórum foram: aquisição da leitura, do princípio alfabético e da literácia e políticas públicas de alfabetização.  


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dica do dia: A criança aumenta o vocabulário falando sobre eventos interessantes!

A criança aumenta seu vocabulário falando sobre eventos passados, futuros e acontecimentos impressionantes.


Converse com ela sobre eventos futuros, por exemplo, se vão a uma festinha, pergunte sobre suas expectativas e como imagina que será. Fale também sobre os eventos passados: o que ela lembra da festa, como foi, o que achou... Aproveitem toda oportunidade de conversar, lembrando que o assunto deve ser algo em que a criança esteja envolvida.

A melhor forma da criança guardar memórias sobre acontecimentos é por meio da repetição do evento, é o mesmo caso da repetição de histórias. Mas lembre-se que não é qualquer evento, o evento tem que ser interessante, despertando a curiosidade da criança. Os cuidadores que fazem isso e constroem toda história novamente criando um diálogo com a criança sobre o assunto, ajudam-nas a conseguir se lembrar com maior facilidade de eventos passados e em uma sequência correta.

Durante o diálogo é importante que não fique repetindo as mesmas perguntas e tentando impor aquilo que te interessa e que você adulto quer ouvir da criança, deixe que a criança se expresse.

Além de sempre elogiar suas respostas, podem também criar novas conversas com a criança com base nas respostas que ela der. Sejam elaborativos e deem espaço para os interesses dos pequenos grandes leitores!




domingo, 26 de maio de 2013

Formação em Desenvolvimento Infantil - Turma I - Dia 10

E, por fim, aqui vai o último dia dessas 2 semanas de muita aprendizagem que o curso do Cultivando Pequenos Leitores nos proporcionou!!

Sexta-feira (24/5) conversamos com a psicóloga Bianca Costa sobre a comunicação positiva. Como já dissemos anteriormente, as crianças aprendem pelo exemplo, se lhe é falado uma coisa e feito outra ela provavelmente irá fazer o que você faz. Saber que a criança observa o que fazemos chama muito a nossa responsabilidade, e nos ensina que quando falar e falar não adianta, podemos demonstrar. Como converso com os vizinhos, como trato as pessoas ao meu redor, tudo manda uma mensagem para a criança.
E, também, é preciso ouvir e tentar entender a criança. É comum querermos disfarçar a tristeza delas, querendo fazê-las esquecer, e com isso acabamos por não só desconsiderar e negar a forma como ela se sente como aumentamos sua chateação por ela não se sentir compreendida (exemplo: uma criança chora porque sua tartaruga morreu, a tendência é que o adulto responda: não chore, é só uma tartaruga, compro outra). Assim, não estamos ensinando a criança a lidar com tristeza, frustração, raiva, nem a estimulamos a achar as próprias soluções, forçando-a a uma solução que ela não está sentindo, pensando ou querendo. Se a criança está chateada com algo, mesmo que para você pareça bobo, ouça, para ela é importante. Quando tem a sua vivencia interna reconhecida a criança não faz birra, porque se sente compreendida.
Psicologia Positiva: Comunicação

Dicas: 

  • Um bom processo comunicativo requer atenção genuína. Exemplo: criança mostra um desenho e o adulto nem olha e elogia. A criança sabe que não foi sincero e percebe que não recebe atenção.
  • Se a criança consegue o que quer com a birra, vai continuar. Se um comportamento de birra mesmo não alimentado é muito persistente a criança está querendo dizer algo que não está sendo compreendido. 
  • A melhor forma de lidar com a birra é ignorando-a. 
  • Ouça os sentimentos da criança com toda atenção, nomeie o sentimento da criança (exemplo: você está chateada? - saber que alguém a entende a acalma), dê espaço para a criança falar evitando sair dando conselhos de cara.
  • É importante gerar ambiente onde se pode falar sobre o que se sente.
  • Evite dar chilique e longos sermões. Se a crianças fez algo errado, descreva o problema e apresente a forma certa claramente (exemplo: estou vendo mochila e sapato fora do lugar, leve ao quarto que é o lugar certo).
  • Fale sobre como se sente. Ao invés de denegrir a imagem da criança dizendo coisas como "você nunca obedece", levando-a a não obedecer de fato pois está formando auto-imagem, explique (exemplo: não gosto quando grita, isso me desrespeita).
  • Resolvam problemas juntos, onde sejam considerados sentimentos e necessidades da criança, sentimentos e necessidades do adulto, soluções propostas por ambos (valorize as soluções das crianças mesmo que fantasiosas), para juntos escolherem a melhor solução para ambos. Dê voz a criança.
  • Valorize esforços e conquistas das crianças. Busque oportunidades de demonstrar os lados positivos dela. Isso ajuda em uma construção positiva da auto-imagem.
  • Ao invés de castigar, deixe a criança experimentar as consequências do comportamento (exemplo: você vai brincar mais tarde para ajudar a arrumar a bagunça que fez, ao invés de tirar a TV, e a criança ficar achando que o adulto é chato e proíbe tudo, sem entender que seus atos tem consequências).
Palestra com Bianca Costa
Vídeo interessante: vejam só como a criança observa e aprende pelo exemplo!
Vídeo para reflexão: crianças veem, crianças fazem. Faça da sua influência sempre positiva.

Indicação de leitura:

  • Como falar para seu filho ouvir, como ouvir para seu filho falar - Adele Faber e Elaine Maszlish
  • Como falar para o aluno aprender - Lisa Nyberg e Rosalyn A. Templeton
  • Acredito em ti: técnicas para desenvolver a auto-estima dos alunos - Muller


Oficina de encerramento com Arlete Santos
Após a esclarecedora palestra da Bianca, tivemos uma oficina de encerramento com a terapeuta comunitária Arlete Santos. A Terapia Comunitária consiste em um espaço de acolhimento para ouvir e ser ouvido, e foi isso que fizemos! Trocamos experiências, fizemos dinâmicas em roda entoadas por cantigas na bela voz da Arlete. E o curso foi fechado com chave de ouro!

Formação em Desenvolvimento Infantil - Turma I - Dia 9

Olá queridos leitores!

Na quinta-feira (23/5), conversamos com Isadora Adjuto sobre autismo, com Mariana Verdolim sobre família e com a Ana Maria Araujo sobre nutrição infantil.

O Transtorno do Espectro Autista é o termo atual para autismo, composto pela tríade: déficits sociais, déficits na comunicação e déficit no comportamento. Para o autista entender a perspectiva do outro, inferir intuitivamente o que a pessoa está pensando e sentindo, é uma tarefa difícil. Ele não consegue captar dicas sociais como o tom de voz e a expressão facial, tendo uma compreensão literal das coisas. Assim, tendo dificuldades em situações em que precisa compreender o que é falado, tem o desenvolvimento escolar impactado (compreensão da leitura, entendimento social presente em textos e filmes, interpretar fala do professor, são tarefas que o autista tem dificuldade). Tem também dificuldade em ver o todo e planejar. Por exemplo, se estão acostumados a sentar em uma cadeira, só senta nela, se a sala um dia estiver em uma disposição diferente, não conseguem enxergar o todo para selecionar outro lugar, olham apenas para o local de costume e o fato de não estar lá é confuso. São desligados do que está acontecendo no mundo externo e ligados no próprio mundo mental, tem dificuldade de inciar situações, não usam os olhos para ler o outro, não mantem contato visual, é preciso ensina-los a conversar olhando, a se comportar em relação ao outro e a ler o outro. O autismo é um espectro pois dentro da deficiência há diferentes níveis e formas. Obviamente o autista é uma pessoa, então assim como uma criança típica, cada um terá suas particularidades. Cada um com déficit de cognição social terá fraquezas individuais e pontos fortes, é importante que ambos sejam identificados. Se desconfiar de algo encaminhe a criança para um neuropediatra, que estão mais acostumados com esse tipo de diagnóstico. Um profissional não especializado pode não identificar o padrão.

Palestra com a psicóloga especialista em autismo Isadora Adjuto

Seja para crianças típicas ou atípicas, a estrutura familiar é determinante em seu desenvolvimento. A família é uma importante rede de apoio para a criança. O clima familiar (coesão, apoio, hierarquia, conflito, comunicação) é muito importante para a qualidade de vida do sistema (familiar) como um todo. Assim, uma família onde a hierarquia é invertida por exemplo, ou seja, os filhos detém autoridade, é fator de risco para problemas de comportamento na adolescência. O ideal é que a autoridade esteja centrada nos pais, o que é diferente de autoritarismo, também prejudicial ao desenvolvimento da criança. A qualidade da relação do casal também é muito importante: um ambiente conflituoso gerará danos à criança, um ambiente agressivo pode leva-la a reagir com agressividade. Famílias caracterizadas por conflitos, agressões, relacionamentos distantes, insuportáveis, negligentes, geram vulnerabilidade. Os fatores de proteção ao mal comportamento são: relacionamento positivo entre pais e filhos, proximidade familiar, supervisão e disciplina e comunicação de valores. O contexto, práticas e relacionamentos influenciam o desenvolvimento sadio ou disfuncional de crianças e adolescentes. Não existe família sem problemas, mas uma família saudável consegue passar por eles reestruturando-se funcionalmente. 

Curiosidade: Estilos parentais

  • Negligente: pouco ou nenhuma autoridade e pouco envolvimento.
  • Autoritário: regras rígidas, imposições inquestionáveis, sem diálogo.
  • Autoritativo: exige disciplina e monitoramento a partir de "contratos" (acordos mútuos, regras explícitas e combinados). Modelo mais adequado para o desenvolvimento saudável.
O comportamento inadequado dos pais mantem o comportamento dos filhos. Assim, é importante que os pais monitorem o próprio comportamento, estando ai uma grande contribuição dos programas de orientação para pais. 

Dicas:

  • Criança aprende por observação de modelos, faça o que fala, seja um bom exemplo.
  • Evite praticas educativas punitivas, comunique-se com a criança
Palestra com as psicólogas Mariana Verdolim e Priscilla Ohno

E a importância do exemplo dos pais diz respeito também a alimentação. A cada 10 crianças 2 são obesas. Frequentemente os pais criticam a alimentação dos filhos, mas quem compra os doces e refrigerantes? É importante que os pais primeiro parem e pensem como está a própria alimentação. Até os 7 anos é a fase pontual para inserir na criança bons hábitos alimentares. São estes valores a serem incluídos em casa e que podem ser também incentivados na escola, onde a criança passa grande parte do seu dia e encontra também nos professores modelos.

Dicas:
  • Fornecer as comidas organizadas separadamente no prato, para que a criança explore e conheça cada uma.
  • Crianças tendem a rejeitar alimentos não familiares, são necessários 8 a 10 exposições a um novo alimento para que ele seja aceito. 
  • Crianças tendem a não gostar de alimentos que para ingeri-los é feito algum tipo de chantagem, cria relação negativa com o alimento.
  • Crianças gostam de doce porque o adulto inclui esse hábito. Quando, por exemplo, coloca açúcar no leite, após 2-3 meses bebendo isso não aceita outra coisa.
  • Papinha industrializada: é um alimento prático para uma viagem por não precisar ser refrigerado, mas deve ser evitada no dia a dia. Mesmo que a embalagem diga "sem conservantes", alimentos industrializados sempre possuem conservantes, então está-se intoxicando a criança desde cedo. 
  • Alimento oferecido como recompensa será o predileto (exemplo: se comer ganha sobremesa), o interesse de comer outras coisas vai para o gosto que dá a criança mais prazer. Essa pratica deve ser evitada.
  • O gosto por certo sabor em geral vem do paladar desenvolvido na infância. 
  • Formule alimentação atrativa para as crianças.
Palestra com a nutricionista Ana Maria Araujo